DEVER DE CASA  OU LIÇÃO DE  CASA




O nome muda conforme a região do Brasil: lição em São Paulo, dever no Rio de Janeiro, tema no Rio Grande do Sul, mas existem algumas escolas no Brasil que estão adotando até o nome “prazer de casa”. Mas um ponto todos concordam: a tarefa que o professor dá para seus alunos fazerem em casa é, sim, uma importante ferramenta de aprendizagem, capaz de dar ao educador instrumentos para medir a evolução de cada um deles ao longo do ano.
A importância e o impacto positivo do dever de casa no desempenho escolar são conhecidos há bastante tempo por alunos, famílias, professores e gestores de Educação. A análise realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira com base nos resultados do Sistema Nacional de Educação Básica mostra que 43,2% dos estudantes que apresentaram os piores resultados não têm rotina de estudos fora da escola.
Você já pensou por que dá lição de casa aos seus alunos? Muitas vezes o “para casa” é passado à classe como uma tradição escolar, sem considerar se é útil ou não para o aprendizado.
Portanto, a questão não é apenas passar ou não passar dever de casa. A verdadeira chave do sucesso é definir estratégias capazes de fazer a diferença e garantir que a garotada efetivamente consolide os conteúdos apresentados em classe e avance na aprendizagem.
A quantidade de lição de casa preocupa os professores e também os familiares. Afinal, quanto tempo o aluno deve dedicar aos estudos depois que volta da escola? Todos têm que compreender que o mais importante que a quantidade de lição é sua qualidade e o sentido que faz para o aluno. A quantidade e o tipo de dever de casa devem ser determinados pelo professor, de acordo com seu projeto e com o nível de seus alunos.
Mas muitos alunos ficam desinteressados em realizar as tarefas que vão para casa, pois precisam abrir mão de parte do tempo livre para cumpri-las. Confira a seguir algumas formas (testadas e aprovadas) de fazer a turma avançar e mostra-se mais interessada em realizar o dever de casa:


Planejar tarefas desafiadoras

Lições que repetem exercícios dados em classe ou que tratam de matéria ainda não explicada pelo professor desmotivam o aluno.
O dever de casa deve ser pensado desde o planejamento da aula. Tenha em mente o tempo gasto com o dever anterior e as dificuldades relatadas. Assim você não sobrecarrega a turma nem passa tarefas complicadas demais.
Prender a atenção das crianças é importante para estabelecer uma rotina de estudos em casa. A tarefa não é fácil, mas é extremamente necessária e o ponto de partida para isso é o planejamento.
Uma boa dica é misturar os interesses dos próprios estudantes com os conteúdos curriculares que devem ser trabalhados (entra aí os projetos pedagógicos, onde o professor pode combinar os interesses dos alunos com os conteúdos).
Antes de entrar na sala de aula, os conteúdos pedagógicos e as estratégias que serão utilizadas no processo de ensino e aprendizagem e as tarefas extra-classe que darão apoio ao trabalho devem ser pensados e analisados. No dia-a-dia não existe espaço para a improvisação. Do contrário, o que acontece é que os exercícios se tornam repetitivos e maçantes. Atividades pensadas com antecedência são muito mais proveitosas do que propor qualquer atividade simplesmente para ocupar a turma em casa.


Explicação

A hora de passar a tarefa é tão importante quanto qualquer outro momento da aula. Nunca deixe para determinar o que deverá ser feito em casa nos últimos minutos, quando os alunos já estão na expectativa de ir para casa.
A estratégia pode variar de acordo com o conteúdo. Se o tema é difícil, leia o enunciado e proponha hipóteses para a resolução do exercício. Peça sugestões em voz alta e guie a discussão ainda na classe. Mas é fundamental que o professor dê toda a explicação necessária para que o aluno possa realizar as atividades com sucesso.
Quando eles saem da classe sabendo o que deve ser feito, não necessitam de ajuda.


Propor pesquisas que envolvam análise


Lição de casa boa, dizem os especialistas, é a que coloca em ação uma série de habilidades básicas: ler e escrever, interpretar e analisar dados, comparar e sintetizar informações, pesquisar e resolver problemas. Mas é preciso abordar esses aspectos primeiramente em sala de aula.
Muitos professores trocam exercícios do livro didático por pesquisas, pensando estar propondo uma tarefa de casa melhor. Esquecem-se, porém, de ensinar o aluno a executá-la. Antes de propor pesquisas como dever de casa, deve-se fechar o foco, delimitar os temas e recorrer às problematizações como uma estratégia metodológica.
Tão importante quanto à definição do tema do estudo é ajudar a garotada a pensar – com pesquisas. Mas lembre-se que devem ser pesquisas simples e o professor tem que apresentar os melhores sites, textos, livros, revistas e outros recursos onde o aluno possa encontrar o assunto solicitado. Ao dar as boas fontes de estudo todos ficam sabendo que a professora domina bem o tema e por isso evitam copiar tudo, mas fazem uma análise do que é realmente importante. É essencial orientar sobre onde encontrar informação, pois sem isso, a pesquisa não existe, o aluno se perde na internet, acaba copiando tudo e não é capaz de analisar o que encontrou.


Orientar os pais a como agir em casa



“Devo corrigir as tarefas? Como ajudar em temas que eu desconheço? Escola boa é a que passa muita lição?” A maioria dos pais se faz as mesmas questões. Por isso é fundamental orientar os alunos (nos primeiros dias de aula) e familiares (na reunião de pais e mestres, de preferência na 1ª reunião do ano letivo):

* Escolher local apropriado, livre de estímulos externos intensos (como mesa perto de janela, pessoas conversando em volta, barulho de crianças brincando, TV e/ou rádio ligados, etc.), que tenha boa iluminação, ventilação e mobiliário adequados;
* Colocar em cima da mesa somente o material necessário para a execução das tarefas (lápis, borracha, caderno e/ou livro). "O excesso de materiais pode desviar a atenção da criança, que começa a brincar com eles ao invés de realizar a tarefa";
* Iniciar o dever pelas matérias que a criança tem mais dificuldade, deixando as mais fáceis e lúdicas para o final, quando ela tende a estar mais cansada;
* Inicialmente, deixar que a criança faça sozinha o dever, lendo inclusive o enunciado (caso ela já esteja alfabetizada). Caso ela tenha dificuldade, orientá-la na leitura levando-a a interpretar o que se pede (não ler para ela). Se ela não compreender o que está sendo pedido conduzi-la, através de linguagem mais simplificada, à compreensão.
* Exigir que a garotada faça as tarefas solicitadas a cada dia;
* Os pais não devem fazer a tarefa pelos filhos;
* Cabe aos pais incentivar seus filhos a buscar a solução para as questões que tenham dúvida, nos livros didáticos ou em enciclopédias;
* Deixe claro que o trabalho escolar é entre seu filho e seu professor;
* Ampliar a oferta de leitura - Hábito de leitura é fundamental para o dever de casa, para o sucesso escolar e futuramente profissional do estudante. Verificar em casa como anda o hábito de leitura pode ajudar o estudante nas tarefas de casa. Assinar um jornal, uma revista, ir à livraria, à biblioteca, gibi, filme com legenda, não importa qual será, o importante é ler.
* Acompanhar as dúvidas, sem corrigir tudo (esse papel é do professor, certo?)
* Se o estudante não conseguir fazer a tarefa, no entanto, o professor deve ser informado (os pais devem deixar bem claro o motivo e quais foram as questões). Agora quando o aluno é capaz e não faz a lição, cabe aos pais avisar a seu filho de que ele sofrerá as conseqüências na escola. O aluno vai perceber que, quando as lições são retomadas na sala, ele não tem condições de participar. E o professor deve ficar bem atento a isso e sempre está informando aos pais que seu filho não está realizando as atividades, com isso os responsáveis estarão cientes que como o filho não realiza as tarefas de casa poderá um rendimento inferior ao esperado.

ATENÇÃO

O dever de casa deverá sempre ser prazeroso para a criança e deve ser visto por ela como um compromisso a ser cumprido. Não se deve premiá-la porque fez o dever, pois isso é obrigação, e nem brigar, pois o dever de casa não deve se transformar em um momento de conflito entre a criança e o adulto. Elogios são sempre bem-vindos e estimulam a motivação da criança.
E os pais não devem se preocupar com a quantidade de atividades que vão para casa e sim com a qualidade e os professores devem sempre analisar com cautela se o que está sendo enviado está dentro dos seus objetivos. Não adianta o professor enviar muitas páginas de uma atividade que já vem sido trabalhada, pois perde a qualidade do seu trabalho e sobrecarrega seus alunos. É mais eficaz o professor enviar uma ou duas páginas que tenham uma boa proposta de sistematização, pois os alunos fazem todas as questões, não ficam cansados e provavelmente terão um rendimento melhor.
Além disso, outras questões contam na hora de garantir o sucesso da empreitada. Crianças que não têm espaço físico em casa para acomodar o material escolar e se dedicar ao estudo certamente terão dificuldades para cumprir a tarefa.
Os professores no início do ano letivo deve reservar um momento da aula para discutir com a turma como deve ser feita a tarefa de casa, pois a função do professor é ajudar o aluno a refletir.


Corrigir sempre e sem demora

Não basta dizer ao aluno se ele acertou ou errou um exercício. Muito menos dar uma devolutiva apenas em forma de nota. Só faz sentido propor uma lição de casa se houver um ou mais objetivos a atingir. E isso precisa ficar muito claro para o aluno. Não dar retorno é o pior que o professor pode fazer. Por isso, corrigir a atividade é a melhor forma de mostrar isso ao estudante. Assim, você também percebe a que pontos cada criança precisa se dedicar mais.
A hora da correção é um momento dinâmico de aprendizagem. O aluno revela suas conquistas ou descobre a resposta para suas dúvidas com o professor ou com os colegas
O professor mesmo pode fazer essa correção – ou deixar a tarefa para a própria turma, em sala de aula. Esse é o maior nó da lição de casa. Tenha em mente que é essencial dar algum tipo de retorno aos alunos. Do contrário, não dê a lição. Alguns modos de corrigi-la estão listados a seguir:

Em duplas
Selecione as duplas ou deixe os estudantes escolherem o parceiro. Evite colocar um muito avançado com outro com muitas dificuldades, ou parceiros indisciplinados juntos. Eles devem trocar impressões sobre as estratégias utilizadas – isso faz ver que há várias soluções possíveis. Depois você pode corrigir dupla por dupla ou dar uma explicação coletiva.

Em grupo

O ideal é montar grupos de cinco alunos. Libere-os para discutir todas as estratégias utilizadas. Depois faça a correção no quadro, sempre incentivando os comentários e deixando-os irem ao quadro para resolver as questões – assim eles criam o hábito de defender suas estratégias.

Coletiva
Escreva o exercício no quadro e corrija com a turma, é muito importante deixar que todos venham ao quadro, pois com isso é mais fácil perceber quem está com dúvida, qual foi sua estratégia na resolução daquela questão – isso dá autonomia na correção dos trabalhos e mostra a importância de respeitar os colegas. E sempre incentive os tímidos a participarem!

Individual

Os especialistas dizem que essa é a forma menos adequada de trabalhar. Se precisar utilizá-la, faça comentários, observações e novas perguntas para instigar os alunos a fazer a lição novamente ou avançar para outros tópicos. Se não puder dar retorno, é melhor não propor lição nenhuma.
Em qualquer uma das opções apresentadas é fundamental que o professor olhe os cadernos, folhas avulsas ou livros para verificar se a correção está correta, se há erros gramaticais, de concordância ou de ortografia. Ao corrigir tudo com atenção, o professor mostra que valoriza a produção de cada um e está, de fato, comprometido com o avanço da turma toda, pois quando o aluno recebe o sua atividade com um visto e ponto final isso desmotiva-o e leva ao desânimo.
Todo professor deve ter em mente que o dever de casa tem vários objetivos. O principal é ensinar a criança a trabalhar sozinha e criar um vínculo agradável com os estudos, dar-lhe autonomia para buscar o conhecimento por conta própria. Além disso, ele serve a objetivos mais imediatos, como resolver questões específicas ligadas aos conteúdos de cada etapa escolar ou antecipar algo que ainda será trabalhado em sala, como se fosse um desafio. Nesse caso, o importante é dosar o grau de dificuldade proposto para não espantar ninguém.
“O dever de casa é também um “termômetro” da relação que o estudante tem com a escola, pois permite perceber se está sintonizado com as regras da instituição e a forma de aprender, o que permite estimular essa harmonia”, afirma Denise Trento Souza, professora da USP. Não há consenso entre os especialistas se é bom ou ruim passar dever de casa todos os dias, mas é certo que ele não deve ocupar tempo demais, ou seja, a lição de casa tem o objetivo específico de sistematizar os conteúdos que foram apresentados na aula.



Bibliografia
CARVALHO, M. E. P. & BURITY, M. H. Dever de casa: visões de mães e professoras.
XXVIII Reunião Anual da Anped, Caxambu/MG, out. 2005. Disponível na Internet:
http://www.anped.org.br/28/textos/gt14/gt141575int.rtf > acesso: [24/05/2008]
FACCIO, Liane & GUIMARÃES, Arthur. Viva a lição de casa.Revista Nova Escola. Ano XVII nº 162 . São Paulo: Edit. Abril, maio de 2003.
PELLEGRINI, Denise. Oba, lição de casa! Revista Nova Escola. São Paulo: Editora Abril, maio de 1999.
PINTO, Deca.4 tarefas do professor. Revista Nova Escola. Ano XXIII nº 210. São Paulo: Editora Abril, março de 2008.


FONTE:






OS DEZ MANDAMENTOS DO DEVER DE CASA
E OS DEZ MANDAMENTOS DO PAI DO BOM
ESTUDANTE.

1 - Jamais faça a lição de casa por seu filho ou permita que outros o façam (avós, empregada, irmão mais velho, amigo). Tenha clareza de que a lição é de seu filho e não sua, portanto, ele tem um compromisso e não você. Deixe-o fazendo a sua tarefa e vá fazer algo seu. Ele precisa sentir que o momento da tarefa é dele.

2 - Organize um espaço e um horário apropriados para ele fazer as tarefas.

3 - Troque ideias ou formule perguntas para ajudar no raciocínio, mas só se for requisitado. Não dê respostas, faça perguntas, provoque o raciocínio.

4 - Diga "tente novamente" diante da queixa. Refaça. Recomece. Caso seu filho perceba que errou, incentive-o a buscar o acerto ou uma nova resposta. Demonstre com exemplos que você costuma fazer isso. nesse caso, valem os itens anteriores para reforçar este.

6 - Torne o erro construtivo. Errar faz parte do processo de aprender (e de viver!). Converse, enfatizando a importância de reconhecermos os nossos erros e aprendermos com eles. Conte histórias que estão relacionadas a equívocos.

7 - Lembre-se de que fazem parte das tarefas escolares duas etapas: as lições e o estudo para rever os conteúdos. As responsabilidades escolares não findam quando o aluno termina as lições de casa. Aprofundar e rever os conteúdos é fundamental.

8 - Não misture as coisas. Lição e estudar são tarefas relacionadas à escola. Lavar louça, arrumar o quarto e guardar os brinquedos são tarefas domésticas. os dois são trabalhos, no entanto, de naturezas diferentes. Não vincule um trabalho ao outro, e só avalie as obrigações domésticas. 

9 - Não julgue a natureza, a dificuldade ou a relevância da tarefa de casa. A lição de casa faz parte de um processo que começou em sala de aula e deve terminar lá. Se você não entendeu ou não concordou, procure a escola e informe-se. Seu julgamento pode desmotivar seu filho e até mesmo despotencializar a professora e, conseqüentemente, a tarefa de casa e seus objetivos.

10 - Demonstre que você confia em seu filho, respeita suas iniciativas e seus limites e conhece suas possibilidades. crie um clima de camaradagem e consciência na família, mas não deixe de dar limites e ser rigoroso com os relapsos e irresponsabilidades.

Isabel Cristina Parolin, autora do livro Pais Educadores - É Proibido Proibir? Ed. Mediação.
Os dez mandamentos do pai do bom estudante

Existem algumas regrinhas básicas para você que deseja ver seu filho transformado m um bom aluno, que não lhe dê problemas maiores (porque alguns, pequenos, sempre teremos!) em relação a escola e aos estudos. O pai do bom estudante:

01. Vê a escola como aliada e não como oponente;

02. Na maioria absoluta das vezes é favorável às decisões que a escola toma e as apóia porque sabe que a elegeu com cuidado para cuidar do filho, em suma, não critica sem ouvir a escola antes;

03. Não tem pena dos filhos quando eles têm tarefas, pesquisas ou estudo para fazer;sabe que estudar assim como trabalhar, só faz bem a crianças e jovens;

04. Supervisiona o trabalho e o estudo do filho, mas não faz as tarefas por ele, apenas orienta, olha a agenda escolar para estar a par, diariamente, das comunicações que a escola manda;

05. Sabe diferenciar com clareza situações em que os resultados positivos na escola são fruto de esforço ou quando os negativos se relacionam à falta de dedicação dos filhos;

06. Incentiva os filhos com palavras e gestos de afeto, estímulo e compreensão, mesmo quando não tiram notas excelentes, pois percebe quando deram o máximo de si e quando não cumpriram a parte que lhes cabe;

07. Providencia o necessário para que os filhos superem dificuldades que eventualmente surgem na vida dos estudantes, sem, no entanto, desistir, estigmatizar os filhos ou culpar de imediato a escola;

08. Não facilita nem permite faltas, atrasos ou “enforcamento” de aulas ou ausência nos dias letivos sem motivo absolutamente justo;

09. Segue e faz os filhos seguirem o regulamento da escola, nunca estimulando ou desejando regras especiais para o seu filho, que reconhece como igual às demais crianças, com direitos e deveres, enfim, sem “pressionar” a escola para que ela mude seus pressupostos e aja de acordo com o que considera interesse pessoal;

10. Não pressiona a escola ou determinado professor quando alguma coisa inesperada ocorre, porém averigua a situação real, pois uma boa escola nunca deseja errar e sabe que uma boa educação escolar é a melhor aliada da família na formação de cidadãos honestos, produtivos e bem-sucedidos.

Fonte: www.colegioalmamater.com.br/pais.htm




SOBRE  LIÇÃO DE CASA:CONVERSANDO
COM OS PAIS


ESTAS ORIENTAÇÕES FORAM PASSADAS PELO COLÉGIO ALMA MATER, ENTRETANTO O ASSUNTO É SEMPRE ABORDADO EM TODAS AS ESCOLAS E POR ESTE MOTIVO RESOLVI POSTAR NO BLOG POR ENTENDER QUE COLABORARÁ COM TODOS NÓS, PROFESSORES.


Para muitos pais, o momento da lição de casa dos filhos pode fazer surgir algumas indagações, tais como:
Preciso permanecer junto a eles nessa tarefa? 
A impossibilidade de minha presença pode acarretar prejuízos? 
Se eles não conseguem realizar a tarefa, como devo proceder? 

Pensando nisso, decidimos apresentar este resumo para esclarecimento e compreensão dos objetivos e papel dos pais em relação ao assunto.

A prática de realização de tarefas de casa, de acordo com o tipo de lição, pretende promover situações para o aluno:
-arriscar-se em uma produção, com maior autonomia; 
-reforçar os conceitos trabalhados, retomando conteúdos aprendidos; 
-aprofundar conhecimento sobre algum assunto que está estudando; 
-levantar questões sobre um assunto, estimulando-o para o tema que posteriormente será estudado em classe; 
-incentivar a autonomia para buscar o conhecimento por conta própria; 
-criar o hábito do estudo sistemático e agradável em casa. 

A Família
A lição de casa possibilita à família compartilhar parte dos conhecimentos que seus filhos constroem ao longo dos trabalhos. Demonstrar interesse na vida escolar da criança marca, na formação do estudante, a importância que a família atribui aos estudos.

Em relação à lição de casa, cabe ressaltar que o aluno deve realizar sozinho essa tarefa. Há sempre um cuidado do Colégio em planejar atividades nas quais ele possa trabalhar com autonomia, além de um momento reservado na rotina escolar para a apresentação e explicação da proposta da tarefa a ser feita em casa.

Os pais devem acompanhar a realização das tarefas de casa no momento da execução das mesmas, ou reservar um tempo diário ou semanal para:
-verificar se a lição foi realizada, ou não, reforçando a atitude de cumprimento de responsabilidade;
-observar se está bem feita ou não (capricho, organização, limpeza etc.);
-elogiar, motivar e estimular seu esforço e realização, conversando sobre acertos e erros.

Orientações Gerais

-Dispor de um local bem arejado, ventilado e iluminado. 
-Utilizar mesa e cadeira compatíveis com a altura da criança: os pés devem alcançar o chão ou dispor de um apoio para descansá-los. 
-Incentivar seu(a) filho(a) a realizar a lição usando postura adequada: sentar-se em cadeira, sempre com a coluna ereta e os pés apoiados (evitar postura de corpo deitado no chão, no sofá ou debruçado sobre a mesa). 
-Propiciar um ambiente reservado: silêncio, TV e som desligados, sem movimentação e conversas de pessoas por perto, para não distrair a atenção da criança. 
-Criar um horário fixo para a realização da lição (organização do tempo, incorporado à rotina), se possível, respeitando o “relógio biológico” da criança, ou seja, hora em que está mais disposta mentalmente para poder render mais. 
-Manter organizado o material necessário (lápis, papel, tesoura, cola, revistas etc.) e próximo à criança, evitando perda de tempo e de concentração para encontrá-lo. 
-Reservar os fins de semana para o lazer de seus filhos com amigos e familiares. 

Os pais devem ou não ajudar seus filhos na lição de casa? 

O interesse, a participação e a ajuda que possibilita a criança a trabalhar cada vez mais autonomamente, são sempre bem-vindos!









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